Ministro do STF Kassio Nunes determina que a Polícia Federal dê continuidade à investigação sobre desvio no orçamento secreto do DNOCS

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a continuidade da investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) sobre um esquema de desvio de emendas do Orçamento federal. O caso, que envolve fraudes em licitações no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), tem como principal alvo o empresário José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo".

A decisão do ministro, que inclui a imposição de sigilo total sobre a investigação, foi tomada na última quarta-feira (12). O inquérito chegou ao STF em janeiro, após indícios do possível envolvimento do deputado Elmar Nascimento, mas permaneceu sem andamento até a nova determinação judicial.

Com a decisão, a PF dará sequência à perícia em um vasto volume de material apreendido, incluindo celulares e computadores. Os investigadores esperam que essas evidências possam trazer novas informações sobre o esquema e eventuais outros políticos envolvidos.

Entre os desdobramentos do caso, também foi mencionada uma assessora do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que teria atuado na liberação de emendas em benefício das empresas ligadas a José Marcos de Moura.

A prisão do empresário gerou apreensão entre parlamentares, especialmente diante da possibilidade de um acordo de delação premiada que possa revelar a participação de outros agentes públicos no esquema.

Nas redes sociais, a decisão do ministro gerou fortes reações. O influenciador digital Thiago dos Reis, conhecido por suas análises políticas, afirmou em tom alarmista: "URGENTE!! Kassio Nunes acaba de TRAIR Bolsonaro". O influenciador destacou que a decisão permitiu à PF continuar as investigações e analisar mais de 100 dispositivos eletrônicos apreendidos com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A indicação de Kassio Nunes Marques ao STF foi feita por Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030. Para Thiago dos Reis, a continuidade da investigação pode ter impactos políticos significativos, já que, segundo ele, "roubaram 1,4 BILHÃO em emendas parlamentares!".

A investigação segue sob sigilo, e os próximos passos da PF serão decisivos para o desenrolar do caso e suas implicações no cenário político nacional.

Fonte: Urbsmagna