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O líder do MST, João Pedro Stédile, disse que o movimento está se preparando para enviar militantes à Venezuela em caso de uma eventual operação militar americana.
Ele afirmou que outros movimentos latino americanos estão analisando a possibilidade de criar “brigadas internacionais” para atuar no país:
“Nós, movimentos da América Latina, vamos fazer reuniões e já estamos fazendo consultas para, no menor prazo possível, organizar brigadas internacionalistas de militantes de cada um dos nossos países para ir à Venezuela e nos colocarmos à disposição do governo e do povo venezuelano”
A informação veio durante uma entrevista para a rádio Brasil de Fato. Stédile afirmou que se inspira nas brigadas internacionais da guerra civil espanhola.
O conflito colocou os nacionalistas, liderados por Francisco Franco, contra os republicanos comandados por grupos comunistas e anarquistas.
Nesse contexto, militantes de esquerda do mundo inteiro se juntaram às brigadas internacionais para apoiar a República espanhola.
Apesar da comparação, o líder do MST afirmou que seus seguidores não se engajaram em combates armados na Venezuela, eles farão trabalhos auxiliares na região:
“Se o que nós vamos fazer lá é entrar em combate: claro que não! Não temos formação militar para isso e nem devemos. O povo venezuelano sabe se defender, mas nós, com a presença dos militantes, podemos fazer mil e uma coisas, desde plantar feijão e fazer comida para os soldados a estar ao lado do povo se houver uma invasão militar dos Estados Unidos.”
A relação entre o MST e a Venezuela
A parceria entre MST e o regime venezuelano começou ainda durante o governo de Hugo Chávez.
Na época, o movimento enviou militantes para trabalharem no projeto conhecido como Comuna Socialista de El Maizal. O local com mais de 2000 hectares virou uma área de formação ideológica para militantes.
No começo deste ano, o MST ganhou 180.000 hectares para “liderar um projeto sulamericano”, segundo Maduro.
A fazenda recebeu o nome de projeto Pátria Grande do Sul e fica em uma região de fronteira com o Brasil.
Rosana Fernandes, coordenadora das brigadas do grupo na Venezuela, afirmou que a fazenda ajuda na consolidação do projeto socialista:
“O MST reafirma o princípio da solidariedade e do internacionalismo quando realizamos esses atos, concretizando e mostrando as conquistas acumuladas da luta para fazer da terra nosso território e construir um projeto diferente de sociedade: o socialismo, no qual acreditamos. Faremos da América Latina uma pátria livre do agronegócio”
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