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O desfile, que tem a direção artística de Milton Cunha, encantou pela grandiosidade e pelo espetáculo de luz e cores, com uma versão muito brasileira e única sobre o Natal, e uma proposta de ir muito além do show, e isso se comprova com o impacto social e econômico que as apresentações realizadas todos os fins de semana desde o mês de novembro trouxeram para a cidade.
Nos bastidores, Célia Domingues, curadora e responsável pelo gerenciamento dos figurinos do Natal Brasilidade, comandou uma iniciativa voltada ao legado social e econômico, com foco em economia criativa, empreendedorismo, sustentabilidade e geração de renda, a Oficina de Reaproveitamento de Materiais do Natal Brasilidade, que aconteceu semanalmente de forma gratuita, capacitando os maricaenses e moradores da região para que possam criar oportunidades reais de trabalho e renda, incentivando o empreendedorismo.
“Acredito que todo grande evento pode deixar um legado positivo para a população e essa tem que ser a motivação. O Natal Brasilidade veio com essa proposta que vai além da Parada Natalina; é um projeto que foi desenvolvido com a missão de capacitar pessoas, transformar e impulsionar vidas”, diz Célia.
Acostumada a gerenciar o trabalho de construção de figurinos em projetos grandiosos, Célia levou para Maricá, a expertise em atuar em eventos como os Jogos Panamericanos de 2007 e o Carnaval de Río en San Luís, que, além de um espetáculo complexo que envolveu logística e deslocamento de milhares de profissionais do carnaval carioca para a Argentina, movimentou diversos setores da pequena província, impulsionando a economia e o turismo local.
Referência no segmento, a empreendedora social tem uma vasta experiência quando o assunto é formação social e reaproveitamento de materiais.
Há quase trinta anos, a presidente da Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil realiza um trabalho consistente desenvolvendo projetos com artesãos, procurando trabalhar com materiais excedentes, transformando-os em novas peças.
“Atualmente, estamos falando mais sobre a sustentabilidade, mas essa é uma preocupação antiga nossa, que devemos ter um compromisso sério com essas práticas.
O descarte, as sobras, tudo isso pode virar, literalmente, ouro nas mãos desses futuros artesãos. Além de orientá-los e capacitá-los, damos noção de precificação, organização e gestão de pequenos negócios, o que os incentiva na criação e na possibilidade de ter seus produtos exibidos e disponibilizados para venda”, diz.
Na primeira turma, integrantes da equipe de apoio do evento e assistidos do CAPS AD participaram das atividades. Exemplos como Daniel Oliveira, de 68 anos, que integrou uma das turmas. Artesão acostumado a trabalhar com peças de argila e barro, ele ressaltou a importância do workshop.
“Para mim é a oportunidade de conhecer pessoas, interagir e aprender algo novo, uma verdadeira terapia que me ajuda também a diminuir a ansiedade. Aprendi a confeccionar outras peças; quem sabe vou montar um negócio e voltar a produzir”, diz o aluno.
A última oficina de 2025 acontecerá no dia 26 de dezembro, e terá como tema a “customização”. As atividades começam às 14h e vão até as 16h30 no estacionamento do Fórum de Maricá, local onde também funciona a Tenda da Produção do Natal Brasilidade.
Serviço: Oficina de Reaproveitamento de Material
Data: 26 de dezembro, sexta-feira.
Horário: das 14h às 16h30.
Local: Tenda da Produção do Natal Brasilidade – estacionamento do Fórum de Maricá
Inscrições: no local, até 1h antes do início das oficinas.
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