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Quaqua vai a Campos ensinar gestão de royalties enquanto Maricá enfrenta colapso nos serviços públicos e vereador Netuno expõe caos na saúde, saneamento e transporte

O prefeito de Maricá, conhecido como Quaquá, viajou a Campos dos Goytacazes para gravar vídeos promocionais prometendo ensinar como aplicar royalties do petróleo de forma eficiente.
A iniciativa representa um desafio direto à influência histórica da família Garotinho na região, mas ocorre em meio a denúncias graves sobre o colapso dos serviços públicos em sua própria cidade.
Durante a visita, Quaquá se reuniu com os vereadores Maicon Cruz de Campos e Rommenik de São João da Barra, propondo a criação de um grupo político regional.
"O norte fluminense é muito importante, um lugar muito rico que teve royalties durante muito tempo e jogou os royalties fora", declarou o prefeito, posicionando-se como mentor de desenvolvimento para a região.
A estratégia de expansão política de Quaquá contrasta dramaticamente com a realidade denunciada pelo vereador Ricardinho Netuno em Maricá. Enquanto o prefeito promete soluções para outras cidades, sua própria administração enfrenta graves problemas na saúde, saneamento básico e transporte público, com os famosos "vermelhinhos" operando superlotados e em condições precárias.
As contradições se aprofundam quando analisamos o discurso ideológico de Quaqua. Historicamente identificado como seguidor de Che Guevara e Fidel Castro, o prefeito surpreendeu ao adotar um tom pragmático durante o encontro em Campos. "Não tem negócio de direita, de esquerda. Isso é babaquice. Vamos fazer um negócio para as pessoas, pro povo", declarou, evidenciando o que críticos classificam como fisiologismo político.
Seguidor de Che Guevara vira pragmático e desafia família Garotinho nos royalties
A mudança de postura revela uma estratégia clara de ampliação de alianças políticas. Quaquá não apenas abandonou temporariamente o discurso revolucionário, como também indicou pretensões eleitorais para seus novos aliados do PSD.
"Vou pedir a você, Maicon, que vai ser nosso futuro deputado", afirmou, demonstrando articulações para as próximas eleições estaduais.
Enquanto isso, em Maricá, o vereador Netuno documenta diariamente o caos nos serviços públicos. Os ônibus municipais operam com superlotação crônica, colocando em risco especialmente crianças que se dirigem às escolas.
"É uma covardia o que os alunos estão passando dentro dos vermelhinhos", denuncia o parlamentar, criticando a falta de investimentos em infraestrutura adequada.
A situação se agrava quando consideramos os gastos da administração municipal. Segundo Netuno, foram investidos mais de R$ 470 milhões em contratos com empresas privadas de ônibus, mas o resultado não se reflete na qualidade do serviço oferecido. Paralelamente, o presidente da EPT (Empresa Pública de Transportes), Celso Haddad, gastou R$ 50 mil em viagens pelo Brasil e Europa.
O contraste entre as promessas externas e os problemas internos evidencia as prioridades questionáveis da gestão Quaquá.
Enquanto o prefeito viaja para ensinar gestão de royalties, sua cidade enfrenta deficiências graves no saneamento básico, com problemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto afetando diversos bairros.
Na área da saúde, as denúncias de Netuno apontam para um sistema público sobrecarregado, com falta de medicamentos, demora no atendimento e infraestrutura inadequada.
A situação contrasta com os investimentos milionários em propaganda e marketing político, que projetam uma imagem de cidade modelo que não condiz com a realidade vivenciada pela população.
A estratégia de Quaquá de se posicionar como mentor regional ganha contornos eleitorais evidentes. O prefeito mencionou a intenção de construir "um projeto grande" em parceria com o governador Cláudio Castro e o presidente Lula, sugerindo ambições políticas que transcendem Maricá. A articulação busca criar uma base política ampla para futuras candidaturas estaduais ou federais.
O abandono do discurso ideológico histórico representa uma guinada pragmática significativa. Quaquá, que sempre se apresentou como revolucionário de esquerda, agora rejeita "brigas ideológicas" em favor de alianças eleitorais. A mudança pode atrair um eleitorado mais amplo, mas levanta questionamentos sobre a autenticidade de suas convicções políticas.

Para a família Garotinho, tradicionalmente influente no Norte Fluminense, a ofensiva de Quaquá é insignificante, considerando que o PT nunca elegeu se quer 1 prefeito na região, embora Quaquá mande no PT do estado do Rio há mais de 20 anos.
A promessa de ensinar gestão eficiente de royalties é uma crítica indireta que não faz sentido, visto como o Quaquá desperdiça bilhões em Maricá.
Prefeito promete soluções para outros, mas sua cidade enfrenta colapso na saúde e transporte
A ironia da situação não passa despercebida pelos críticos: enquanto Quaquá promete soluções para outras cidades, sua própria administração falha em resolver problemas básicos como transporte público de qualidade, saneamento adequado e saúde eficiente.
O vereador Netuno continua denunciando que a população de Maricá sofre com serviços precários enquanto o prefeito dedica tempo e recursos a articulações políticas externas.
A estratégia de expansão regional de Quaquá pode ser interpretada como uma fuga dos problemas locais. Ao se posicionar como mentor de desenvolvimento, o prefeito desvia a atenção das deficiências de sua própria gestão, criando uma narrativa de sucesso que não se sustenta quando confrontada com a realidade dos serviços públicos municipais.
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