Presidente do Vasco desabafa: 'Nunca prometi jogador de alto nível'

Presidente fala em “realidade dura” e afirma que prioriza compromissos em vez de prometer estrelas ao torcedor

Pedrinho, presidente do Vasco, falou nesta quinta-feira (24), em entrevista coletiva. No edifício comercial onde a SAF do Vasco tem escritórios, na Zona Oeste do Rio, o dirigente conversou por um longo tempo com os jornalistas. De acordo com o presidente vascaíno, a dificuldade financeira do clube tem impedido que o Cruzmaltino faça grandes contratações.

A equipe vive um mau momento na temporada, ocupando o 16º lugar no Campeonato Brasileiro e tendo sido recentemente eliminada da Copa Sul-Americana.

“Cada vez mais nas janelas, a gente tenta ser mais assertivo. É difícil você sem investimento e vendo os rivais com muito. Então, a cobrança, obviamente, aumenta por isso. Mas as pessoas têm dificuldade de encarar a realidade. A realidade é dura. Ainda mais quando os rivais, principalmente aqui do Rio de Janeiro, conseguem, em algum momento, se reestruturar. E nesse mesmo período em que eles estavam se reestruturando, a gente estava aprofundando ainda mais em dívida”, disse, prosseguindo:

“Muitas pessoas vão interpretar isso como desculpa: não, eu estou só falando a realidade. Eu nunca prometi, em nenhuma entrevista, trazer jogador de alto nível. Minha promessa sempre foi de honrar os compromissos. E, dentro disso, eu trago jogadores que cabem dentro do orçamento, devido à facilidade do pagamento parcelado e num fluxo que a gente tem oxigênio pra honrar.”

 

Foto: Reprodução/Vasco TV

Presidente do Vasco defende Felipe

Pedrinho também aproveitou para sair em defesa de seu amigo Felipe, diretor técnico da SAF, que chegou a ser técnico interino em duas ocasiões, sem grandes resultados. Ele lembrou os desafios enfrentados pelo Maestro, como a perda do irmão em 2024, e destacou que alguns dos reforços mais importantes do elenco foram indicados por ele.

Ele foi muito homem ao assumir um cargo de interino como técnico do Vasco. Ele deixou o irmão morto em casa de madrugada e assumiu a equipe interinamente no dia seguinte. Ele foi escrachado, desrespeitado, por uma resposta infeliz (após criticar publicamente o zagueiro Capasso). Mas você sabe por que ele deu esse tipo de resposta. Todo mundo sabia o comportamento que o Capasso tinha. Não é porque o Felipe é meu amigo, mas foi um massacre muito duro feito com ele. Para se ter uma ideia, a indicação do Nuno foi do Felipe. O mesmo com o Tchê Tchê e com o Lucas Freitas. Não se pode avaliar o trabalho do Felipe por uma resposta talvez desrespeitosa. Eu mesmo disse a ele que essa resposta que ele deu não foi legal.”