Secretário-executivo da ANS e ex-deputado federal rompe com partido após divergências sobre posicionamento político nacional

Secretário-executivo da ANS e ex-deputado federal rompe com partido após divergências sobre posicionamento político nacional

Chico D'Angelo deixa o PDT em busca de maior alinhamento com governo Lula

O secretário-executivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ex-deputado federal Chico D'Angelo comunicou oficialmente ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, sua decisão de deixar o partido. A conversa, que aconteceu na manhã do último sábado (14), marca o fim de uma trajetória política que se estendeu por anos dentro da legenda trabalhista. D'Angelo, que ocupa atualmente o primeiro lugar na suplência de deputado federal pelo PDT do Rio de Janeiro, já iniciou conversas com outras legendas partidárias.

A decisão do ex-parlamentar reflete um movimento de distanciamento que vem se intensificando entre o PDT e o governo federal. D'Angelo justificou sua saída pela busca de um partido mais alinhado com as diretrizes do governo Lula, posicionamento que contrasta com a atual postura dos pedetistas. O partido, historicamente próximo ao petismo, tem enfrentado tensões internas que se acentuaram com as indefinições em torno da figura do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes.

O cenário político interno do PDT tem sido marcado por incertezas sobre o futuro de Ciro Gomes na legenda. As especulações sobre uma possível saída do ex-presidenciável têm criado um clima de instabilidade que afeta diretamente o posicionamento do partido em relação ao governo federal. Essa indefinição tem levado diversos quadros do partido a repensarem suas filiações, buscando agremiações com posicionamentos mais claros sobre o cenário político nacional.

Chico D'Angelo, que recentemente assumiu o cargo de secretário-executivo da ANS, demonstra com sua decisão a intenção de manter coerência entre sua atuação profissional no governo e seu posicionamento partidário. A função que ocupa na agência reguladora exige alinhamento com as políticas de saúde suplementar do governo federal, o que pode ter influenciado sua busca por uma legenda mais próxima ao Palácio do Planalto.

A trajetória política de D'Angelo no PDT incluiu sua atuação como deputado federal, onde desenvolveu trabalhos relevantes na área da saúde pública e regulação do setor. Sua experiência parlamentar e conhecimento técnico foram fundamentais para sua nomeação à secretaria-executiva da ANS, posição estratégica no sistema regulatório brasileiro. A mudança partidária não deve afetar sua permanência no cargo, uma vez que se trata de uma função técnica dentro da estrutura governamental.

O movimento de D'Angelo pode sinalizar uma tendência de migração partidária entre quadros do PDT que buscam maior proximidade com o governo federal. A indefinição sobre os rumos da legenda, especialmente em relação ao posicionamento de Ciro Gomes, tem criado um ambiente de incerteza que pode motivar outras saídas similares. Políticos que ocupam cargos no governo ou que pretendem manter alinhamento com as políticas federais podem seguir caminho semelhante.

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, tem enfrentado o desafio de manter a coesão partidária em meio às pressões internas e externas. A saída de D'Angelo representa mais um episódio na crise de identidade que o partido atravessa, especialmente no que se refere ao seu posicionamento em relação ao governo Lula. A necessidade de definir claramente os rumos da legenda torna-se cada vez mais urgente para evitar novas debandadas.

As conversas de D'Angelo com outras legendas ainda não foram oficializadas, mas fontes próximas indicam que o ex-deputado busca partidos com histórico de apoio ao governo federal. A escolha da nova filiação deve levar em consideração não apenas o alinhamento ideológico, mas também as perspectivas eleitorais para os próximos pleitos. O Rio de Janeiro, estado onde D'Angelo mantém suas bases políticas, oferece um cenário complexo para redefinições partidárias.

A saída do ex-deputado do PDT ocorre em um momento crucial para a política brasileira, com partidos se reorganizando para as eleições municipais e já pensando nos pleitos de 2026. A decisão de D'Angelo pode influenciar outros políticos em situações similares, especialmente aqueles que ocupam cargos no governo federal e enfrentam dilemas sobre alinhamento partidário. O caso ilustra as tensões entre lealdade partidária e alinhamento governamental que marcam o atual cenário político nacional.

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Por Jornal da República em 16/09/2025
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