STF reabre investigação contra Valdemar Costa Neto por suposta ligação com trama golpista

Decisão da Primeira Turma atende pedido de Alexandre de Moraes e retoma apuração sobre o presidente do PL

STF reabre investigação contra Valdemar Costa Neto por suposta ligação com trama golpista

  O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu reabrir a investigação que apura o envolvimento de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), em uma suposta trama golpista que teria buscado abalar o Estado Democrático de Direito. A decisão foi tomada pela Primeira Turma da Corte, atendendo a um pedido do ministro Alexandre de Moraes.

O caso faz parte do chamado “Núcleo 4” da investigação sobre ataques às instituições e disseminação de desinformação após as eleições de 2022.

Contexto

A investigação havia sido arquivada em fevereiro, depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) optou por não apresentar denúncia contra Valdemar, mesmo com o indiciamento feito pela Polícia Federal (PF). Com a nova decisão, o inquérito volta a tramitar com base nas provas colhidas pela PF e em elementos de outros processos ligados à tentativa de subversão da ordem democrática.

Principais linhas de apuração

Os investigadores apontam que o Partido Liberal teria sido utilizado para dar respaldo político e financeiro a narrativas de fraude eleitoral, incentivando manifestações em frente a quartéis e unidades militares. Relatórios da Polícia Federal indicam que Valdemar teria atuado como um dos principais articuladores dessas ações, financiando estudos e análises que buscavam sustentar a tese de irregularidades nas urnas eletrônicas.

Também há suspeitas de que o comitê de campanha de Jair Bolsonaro, alugado pelo PL, teria servido como ponto de articulação para integrantes do grupo que ficou conhecido como “QG do golpe”.

O julgamento do Núcleo 4

Durante o mesmo julgamento, a Primeira Turma do STF condenou sete réus acusados de promover ataques às instituições e espalhar desinformação. As penas variaram entre 7 anos e meio e 17 anos de prisão, além do pagamento de indenização coletiva de R$ 30 milhões pelos danos provocados às sedes dos Três Poderes durante os atos de 8 de janeiro.

Desdobramentos

Com a reabertura do inquérito, a Polícia Federal deve retomar diligências e a PGR poderá reavaliar a apresentação de denúncia formal. A defesa de Valdemar Costa Neto ainda poderá contestar as provas e os fundamentos da nova fase da investigação.

 

Fonte: Brasil247

 

Por Jornal da República em 22/10/2025
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