Toffoli vai apurar em interrogatório por que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tomou providências contra o Banco Master apesar de denúncias por um ano

Toffoli vai apurar em interrogatório por que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tomou providências contra o Banco Master apesar de denúncias por um ano

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá buscar esclarecimentos em interrogatório sobre a conduta do então presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, diante de denúncias recorrentes envolvendo o Banco Master.

As informações apontam que o Banco Central foi alertado ao longo de aproximadamente um ano sobre riscos nas operações da instituição financeira, sem que medidas efetivas fossem adotadas no período. Os alertas teriam partido de diferentes agentes do sistema financeiro, incluindo entidades preocupadas com a solidez das operações e possíveis impactos para o mercado.

O Banco Master apresentou crescimento acelerado, acompanhado de questionamentos sobre a qualidade de seus ativos, estrutura de funding e grau de exposição a operações de risco. Apesar das sinalizações, a intervenção só ocorreu posteriormente, quando a situação já era considerada crítica, culminando na liquidação extrajudicial do banco.

A apuração conduzida no âmbito do STF busca esclarecer se houve omissão, demora injustificada ou falhas na supervisão por parte da autoridade monetária. O caso reacende o debate sobre a eficácia dos mecanismos de fiscalização do sistema financeiro e os limites da atuação preventiva do Banco Central diante de denúncias reiteradas.

Além dos impactos diretos sobre investidores e credores, o episódio levanta questionamentos institucionais sobre governança, responsabilidade regulatória e a necessidade de aprimoramento dos instrumentos de monitoramento de instituições financeiras de médio porte que apresentam expansão rápida.

O interrogatório deverá ajudar a definir responsabilidades e esclarecer por que, mesmo diante de alertas sucessivos, providências mais rigorosas não foram adotadas em momento anterior.

 

Fonte: O Globo

Por MBL - MOVIMENTO BRASIL LIVRE em 29/12/2025
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