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Em seu discurso nesta terça-feira (23), durante a 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de afirmações que despertaram repercussão tanto diplomática quanto política. Entre elas, ele comentou seu breve contato com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, falou sobre tarifas bilaterais e teceu elogios pessoais ao líder petista.
Encontro com Lula e elogios pessoais
Trump afirmou que, ao chegar na sessão da ONU, encontrou Lula, com quem trocou um abraço. Segundo o americano, foram cerca de 20 segundos de conversa — mas o suficiente para ele dizer que “gosta dele” e que Lula aparenta gostar dele também. “Gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto, não gosto. Mas tivemos uma química excelente. Foi um bom sinal”, declarou.
Além disso, anunciou que os dois presidentes se reunirão na próxima semana.
Apesar do tom amistoso, Trump também fez críticas contundentes ao Brasil:
Acusou o governo brasileiro de adotar medidas que ferem “direitos e liberdades de cidadãos americanos”, citando censura, repressão, uso da Justiça como arma e corrupção.
Referiu-se a tarifas aplicadas pelo Brasil como injustas, justificando medidas de retaliação.
Declarou que o Brasil “está indo mal e vai continuar indo mal”, afirmando que sua melhora dependerá de uma associação mais estreita com os Estados Unidos: “Sem a gente, vão falhar, como outros falharam”.
Discurso mais amplo: autovalorização, imigração, clima e ONU
O presidente estadunidense também passou por diversos temas em sua fala:
Exaltou conquistas de seu governo, como o controle da inflação, a queda nos preços de energia e alimentos, além do desempenho do mercado de ações.
Críticas à imigração — Trump advertiu sobre supostas invasões migratórias na Europa e ataques aos seus valores de soberania.
Negou a existência de uma crise climática, chamou a transição energética de falácia e criticou duramente políticas ambientais propostas pela ONU.
Contestou o papel das Nações Unidas no cenário global, dizendo que muitas resoluções são “palavras fortes que não resolvem guerras”.
O que esperar
O anúncio de uma reunião entre Trump e Lula na próxima semana cria expectativa sobre o rumo das relações entre os dois países. O tom cordial apontado por Trump pode abrir espaço para negociações, mas as críticas já feitas deixam claro que há desafios diplomáticos significativos a serem enfrentados — especialmente no que tange a tarifas, direitos humanos e política internacional.
Fonte: Brasil247
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