Trump faz discurso contundente na ONU e propõe encontro com Lula

Trump faz discurso contundente na ONU e propõe encontro com Lula

Na tarde desta terça-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde proferiu um discurso marcado por críticas severas à atuação da entidade, posicionamentos sobre migração e energia, e uma declaração sobre sua relação com o Brasil.

Falas ácidas e anúncio de reunião com Lula

Em sua intervenção, Trump questionou o propósito da ONU ao afirmar que a organização frequentemente recorre a “cartas energéticas” e palavras vazias em vez de ações efetivas para resolver conflitos.

Voltando-se a temas centrais, o mandatário exortou os países a fecharem suas fronteiras e expulsarem imigrantes, acusando políticas migratórias abertas e iniciativas de energia renovável de “destruírem” nações. Ele dirigiu críticas diretas ao modelo europeu, afirmando que muitos países estavam à beira da ruína por adotarem políticas que, em sua visão, priorizam correção política sobre soberania e segurança.

Sobre o clima e a transição energética, Trump classificou os esforços globais como parte de um “grande golpe” contra economias desenvolvidas e rejeitou publicamente o consenso científico sobre mudanças climáticas.

No que diz respeito ao conflito entre Israel e Palestina, o presidente fez uma alusão concisa, afirmando que reconhecer o Estado da Palestina seria “um prêmio alto demais para os terroristas do Hamas”.

Após sua fala, Trump informou ter tido um breve encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos corredores da ONU. Ele afirmou que ambos “concordaram em se reunir na próxima semana” e elogiou o brasileiro, dizendo que houve “excelente química” no momento de interação.

Reações e contexto internacional

A postura adotada na ONU por Trump reflete uma ênfase renovada no tema “America First”, com distanciamento de compromissos multilaterais e reforço da soberania nacional como premissa da política externa estadunidense.

Em reação ao tom agressivo do discurso, parte da comunidade diplomática expressou preocupação com o risco de tensões crescentes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou que a cooperação multilateral é essencial diante dos graves desafios globais, especialmente nas crises humanitárias e conflitos armados.

No cenário brasileiro, a expectativa agora se volta para o encontro bilateral com Trump. A diplomacia nacional avalia cuidadosamente os desdobramentos, sobretudo no contexto de tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros e tensões recentes entre os dois países.

 

Fonte: G1

Por Jornal da República em 24/09/2025
Aguarde..