Turismo injeta R$ 10,6 bilhões no RJ e cria 198 mil empregos

Turismo injeta R$ 10,6 bilhões no RJ e cria 198 mil empregos

O turismo no Rio de Janeiro segue acelerando. A pesquisa Panorama Turístico, do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), apresentada em 09/10 na ABAV Expo 2025, crava: R$ 10,6 bilhões em gastos diretos, 198 mil empregos e R$ 6 bilhões em remuneração. O impacto no PIB chega a R$ 13,1 bilhões. O estudo ouviu 1.082 turistas entre 18 e 29 de agosto no Pão de Açúcar e no Corcovado, e foi apresentado por João Gomes (diretor-executivo do IFec RJ) e Otavio Leite (consultor da Presidência da Fecomércio RJ e doutor em Turismo), no ABAV Talks, na Arena Sesc Copacabana.

“O turismo continua avançando de forma significativa, sendo, atualmente, uma das principais bases de atividade econômica do estado”, analisa João Gomes.

A percepção de segurança aparece melhor do que a expectativa inicial: 37,2% chegaram esperando insegurança, mas 61,9% saíram satisfeitos ou muito satisfeitos com a segurança no estado. É um dado que ajuda a explicar a intenção de retorno e a taxa de recomendação.

Sustentabilidade virou filtro real de escolha. Para 72,7% dos turistas, é importante optar por hotéis sustentáveis; entre eles, 73,6% pagariam mais por esse perfil. No mix de origem, 57,7% dos estrangeiros vêm das Américas e 37,7% da Europa. Entre os brasileiros, os paulistas lideram a presença na capital, com 26%.

“A curiosidade sobre o Rio de Janeiro prossegue em ascensão. É um dado promissor”, afirma Otavio Leite.

A permanência média no estado é de 7 dias — 6 para brasileiros e 8 para estrangeiros. 77,9% pernoitam até uma semana. Hotéis lideram a hospedagem (55,7%), seguidos por imóveis de plataformas (31,5%). 

O efeito-hub da capital puxa o interior. 31,1% dos turistas visitaram (ou planejaram visitar) outras cidades do estado. Búzios (32,9%), Arraial do Cabo (28,1%), Angra dos Reis (27,8%) e Paraty (15,3%) estão no topo do roteiro.

No balanço, o estudo indica um visitante com boa experiência de segurança, olhar atento à sustentabilidade e disposição para circular pelo estado — um combo que sustenta gasto, emprego e renda na economia fluminense.

Por Jornal da República em 10/10/2025
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