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Ex-líder universitário de direita nos tempos em que cursava Direito na PUC-RJ, o vereador carioca Pedro Duarte (Novo) decidiu mexer num vespeiro e tanto quando o assunto é movimento estudantil.
O liberal, na condição de presidente da Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal, solicitou ao prefeito do Rio que ele desaproprie o famoso imóvel da UNE localizado na Praia do Flamengo, Zona Sul da cidade.
Apesar de estar completamente abandonado há anos, o prédio já abocanhou R$ 44 milhões em dinheiro público para reformas, desde 2010. Atualizando, o valor soma, segundo cálculos do gabinete do vereador, a R$ 94 milhões saídos de governos petistas.
Duarte argumenta que o prefeito deve usar o mesmo critério que recentemente prometeu utilizar para outros imóveis abandonados da cidade: a desapropriação por hasta pública, que pressupõe prévia declaração de utilidade pública do imóvel, leilão e pagamento ao proprietário de um valor arrecadado.
Detalhe: o tema ‘prédios abandonados’ se tornou mais sensível, este ano, depois que dois casarões sem conservação sofreram desabamentos no Centro do Rio. No último episódio, ocorrido no dia 20 de março, uma pessoa morreu.
Na justificativa do ofício encaminhado ao prefeito, Duarte alega: “ É fato notório que o imóvel localizado na rua Praia do Flamengo n° 132, pertence a União Nacional dos Estudantes (UNE). Este imóvel, apesar dos esforços do governo federal e do próprio município do Rio de Janeiro, se encontra abandonado há décadas e com obras paralisadas há oito anos, degradando a região como um todo”.
No próximo dia 24 de abril, Pedro Duarte promete botar ainda mais fogo no parquinho, durante uma audiência pública na Câmara Municipal sobre o tema “imóveis abandonados”. O tema ‘desapropriação do imóvel da UNE’ vai voltar à baila, pressionando a Prefeitura do Rio por uma solução definitiva.
Por sinal, o vereador é um velho conhecido da UNE, desde que, em 2015, ainda no rescaldo do segundo turno presidencial entre Aécio Neves e Dilma Rousseff, vencido pela petista, Duarte levou as eleições para o DCE da PUC-RJ, desbancando o diretório de esquerda.
