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Governador Castro e senador Flávio Bolsonaro lideram ato que reúne centenas de apoiadores na orla carioca
Manifestantes bolsonaristas se concentraram neste domingo na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em mais um capítulo da mobilização nacional "Reaja, Brasil". O evento, que reuniu figuras proeminentes da direita fluminense, teve como principais bandeiras a defesa da candidatura de Jair Bolsonaro em 2026 e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A presença do governador Cláudio Castro e do senador Flávio Bolsonaro conferiu peso político ao ato, que se desenrolou em meio a um cenário de crescente polarização. Castro, acompanhado do secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, fez declarações contundentes sobre a inelegibilidade do ex-presidente, enquanto Flávio Bolsonaro elevou o tom contra o ministro do STF, classificando o momento atual como "uma ditadura".
O evento ganhou contornos emocionais quando Jair Bolsonaro participou por videoconferência, cumprimentando os manifestantes com a promessa de que "em breve estaremos juntos". A participação virtual do ex-presidente evidenciou as restrições impostas pelas medidas cautelares determinadas por Moraes, que incluem recolhimento domiciliar nos fins de semana e proibição de deixar o Distrito Federal.
Discursos inflamados marcam tom de confronto institucional
O governador Cláudio Castro não poupou críticas ao sistema político brasileiro, usando linguagem direta para questionar a inelegibilidade de Bolsonaro. "O sistema é f#da. E o sistema tirou Bolsonaro em 2022", declarou Castro, referindo-se à reunião do ex-presidente com embaixadores como motivo da atual situação judicial. O governador foi categórico ao afirmar que não aceitará "nenhuma eleição em que o candidato a presidente não seja Jair Messias Bolsonaro", enfatizando que "não temos plano B".
Flávio Bolsonaro, por sua vez, direcionou ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo seu impeachment e acusando-o de destruir a democracia brasileira. O senador também criticou o presidente Lula, questionando seu patriotismo e fazendo referências à política externa brasileira em relação ao Irã e Israel. "O resgate da democracia brasileira já começou", declarou Flávio, sinalizando uma estratégia de mobilização contínua.
A manifestação contou com ampla representação política, incluindo deputados federais como Eduardo Pazuello e Sóstenes Cavalcante, além de parlamentares estaduais e municipais do PL. A presença massiva de representantes eleitos demonstra a capacidade de mobilização do movimento bolsonarista, mesmo com as restrições impostas ao ex-presidente.
Medidas cautelares limitam atuação de Bolsonaro
As restrições impostas pelo STF a Jair Bolsonaro incluem uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar integral nos fins de semana e feriados, além de proibição de acessar redes sociais e de manter contato com investigados na mesma ação. Essas medidas, relacionadas às investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, têm limitado significativamente a participação direta do ex-presidente em eventos políticos.
O cenário jurídico se tornou ainda mais complexo após Bolsonaro se tornar réu no STF em março, acusado pela Procuradoria-Geral da República de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Essa situação judicial alimenta o discurso de perseguição política adotado pelos apoiadores, que veem nas manifestações uma forma de pressionar por mudanças no quadro institucional.
A estratégia de mobilização nas ruas busca manter viva a base eleitoral bolsonarista e pressionar por uma eventual reversão da inelegibilidade do ex-presidente. Os organizadores do movimento "Reaja, Brasil" têm promovido atos simultâneos em diferentes estados, demonstrando capacidade de articulação nacional mesmo diante das adversidades jurídicas enfrentadas pela liderança do movimento.
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