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Em um cenário político marcado por disputas e estratégias veladas, surge uma figura que navega entre a direita e a extrema-direita, com influência significativa no jogo presidencial. Trata-se do senador Ciro Nogueira (PI), que lidera o Progressistas e, discretamente, endossa a candidatura de Tarcísio de Freitas, o que contraria os planos do clã Bolsonaro.
Jogada calculada ou lealdade pessoal?
Na entrevista recente concedida ao jornal Folha, Nogueira destacou sua apreensão quanto à condição física do ex-presidente, revelando simpatia ao sugerir que, caso Bolsonaro fosse encarcerado, haveria ali um risco à sua vida. O senador afirmou expressamente: “Se colocarem ele na cadeia, é porque querem matá-lo. Espero que isso não seja o objetivo do Supremo.” Essa fala, ainda que não contenha juízos explícitos, deixou claro o alinhamento protegido por Nogueira à figura do ex-presidente, articulando uma linha tênue entre solidariedade e cálculo político.
O tabuleiro se move
À primeira vista, a postura de Nogueira pode parecer ambígua: transitando com habilidade entre diferentes alas do espectro conservador, ele assume um posicionamento que, embora indireto, favorece outra candidatura além da dos Bolsonaros. Essa movimentação interna sugere que há um plano mais amplo sendo costurado, no qual ele age como um ator estratégico, não apenas como aliado circunstancial.
Estratégia ou instinto político?
A atuação do senador põe em foco duas possíveis frentes de interpretação: de um lado, um cálculo frio de influência e manutenção de poder; do outro, uma solidariedade genuína à figura pública que enfrenta pressões judiciais e desafios de saúde. De toda forma, a simbologia do gesto — destacar o risco à vida do ex-presidente — reverbera como um movimento localizado, porém significativo, dentro da arena política atual.
Reflexos no cenário eleitoral
Esse tipo de apoio, embora indireto, pode alterar o equilíbrio na corrida eleitoral. Ao posicionar-se de maneira a proteger e humanizar o ex-presidente, Nogueira pode despertar simpatias em setores que multiplicam sua influência. Mas também atrai críticas daqueles que veem o gesto como oportunista, calculado para desestabilizar o campo bolsonarista e beneficiar alianças emergentes.
Fonte: UOL
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