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Em evento político em que aproveitou para criticar seu maior opositor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de uma caminhada que seria em comemoração aos 95 anos do Ministério da Educação (MEC) em Brasília neste domingo (28).
Lula misturou o esporte com soberania, numa salada de ataques à oposição.
“Essa é a caminhada da soberania educacional do Brasil. Nós temos consciência que é através da educação, da creche à universidade, da alfabetização ao curso de engenharia que a gente vai tornar o Brasil soberano pra nunca mais ninguém dar palpite sobre o brasil”, disse Lula em vídeo gravado durante a caminhada.
O governo não disponibilizou o custo da caminhada de Lula no “palanque” em oposição às motociatas de Jair Bolsonaro (PL).
A lista de patrocinadores e apoiadores oficiais da Corrida e Caminhada MEC 95 Anos inclui:
-Ministério da Educação (MEC), responsável pela organização principal do evento.
-Banco do Brasil, patrocinador institucional ligado ao governo federal.
-Caixa Econômica Federal (CAIXA), também patrocinadora oficial, vinculada ao Governo Federal.
Além desses, o evento contou com o apoio dos órgãos vinculados ao MEC, como:
-Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
-Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
-Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica
-Universidades federais
Não foi divulgado por quanto e nem como as empresas privadas que realizaram o evento foram contratadas.
A academia WorldGym apoiou com infraestrutura voltada à saúde e bem-estar dos participantes.
Agência Sisters Live Marketing, foi a parceira na realização e divulgação do evento.
O evento reuniu autoridades, servidores, terceirizados, atletas amadores e comunidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Com cerca de seis mil inscritos, menos de mil foram caminhar com Lula.
Nas fontes pesquisadas, não foi encontrado um valor específico divulgado publicamente sobre o investimento ou custo total para a realização da Corrida e Caminhada dos 95 anos do Ministério da Educação (MEC) em 2025. O evento contou com distribuição de kits para os participantes (camisetas, chip de cronometragem, medalha). Tudo de graça.
O Brasil apresenta desafios e avanços importantes nos índices educacionais em comparação ao exterior, segundo dados recentes de 2025:
Analfabetismo
O país tem aproximadamente 9,1 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, representando uma taxa de 5,3% da população nessa faixa etária.
O analfabetismo é mais concentrado na região Nordeste, com cerca de 5,1 milhões, e em pessoas com 60 anos ou mais (14,9% desse grupo). A taxa geral é significativa.
Ensino Médio
Em 2024, 44% da população com 25 anos ou mais não completou o ensino médio (formação básica completa). Ainda há grande parcela da população sem o ensino médio completo, incluindo cerca de 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos que não concluíram o ensino médio em 2024.
Comparação internacional
No relatório Education at a Glance 2025 da OCDE, o Brasil está atrás da média internacional em muitos indicadores educacionais, com menos que a média da OCDE (43%). Nos rankings internacionais, como o PISA e TIMSS, o Brasil permanece com notas abaixo da média global, especialmente em matemática e ciências.
.Em resumo, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios no combate ao analfabetismo e na elevação do nível de escolaridade, apesar da caminhada para comemorar os 95 anos do MEC.
Cortes de investimentos na Educação de Lula
O governo do presidente Lula realizou cortes e bloqueios de recursos na educação em diferentes momentos entre 2023 e 2025.
Cortes e bloqueios
Em agosto de 2023, o governo bloqueou R$ 332 milhões destinados à educação, afetando principalmente educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo. O bloqueio foi atribuído à área econômica para evitar descumprimento do teto de gastos.
Em 2024, houve contingenciamento de R$ 1,3 bilhão no orçamento da educação, parte do pacote de ajuste fiscal com limite ao teto de gastos. Isso impactou universidades federais e institutos federais, causando preocupação sobre manutenção do funcionamento das instituições .
Em 2025, o Decreto nº 12.448 limitou drasticamente os recursos destinados a Instituições Federais de Ensino, com liberação mensal de apenas 1/18 do orçamento, concentrando o restante para dezembro. Isso dificulta a execução das despesas durante o ano e representa um contingenciamento efetivo no dia a dia das universidades .
Em novembro de 2024, foi anunciado pelo governo um corte de R$ 42,3 bilhões no orçamento do MEC até 2030, que pode afetar principalmente a expansão do ensino em tempo integral, uma promessa de campanha.
Via Revista BSB
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