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O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) protocolou, na quarta-feira, 3 de setembro de 2025, uma representação formal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), por possível crime de obstrução de justiça. O pedido foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por conduzir a Ação Penal nº 2.668, que trata da participação de Jair Bolsonaro e de seus aliados na investida golpista de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o deputado, o governador teria se deslocado a Brasília no momento em que se iniciava o julgamento, com o objetivo de buscar articulação política — especialmente junto ao presidente da Câmara dos Deputados e líderes partidários — para impulsionar a tramitação de um projeto de anistia que beneficiaria os réus ligados à tentativa de golpe. Falcão sustenta que tal iniciativa configura interferência direta na atuação do Poder Judiciário, o que representaria uma tentativa de enfraquecer a autoridade da Corte.
Principais medidas solicitadas por Falcão:
Retenção de passaporte do governador;
Proibição de deixar o país sem autorização expressa da Corte;
Impossibilidade de comunicação com réus ou investigados relacionados às AP 2668 e INQ 4995;
Proibição de utilizar o cargo público para influenciar julgamentos, sob pena de afastamento cautelar ou até prisão preventiva em caso de descumprimento.
A representação também menciona um episódio anterior em que Tarcísio teria intervindo junto ao STF para tentar viabilizar a concessão de passaporte diplomático a Jair Bolsonaro, com o intuito de permitir sua saída do país antes do julgamento — um pedido que acabou sendo rejeitado pelos ministros devido ao risco de fuga.
O Supremo agora terá a prerrogativa de decidir os próximos passos, inclusive se encaminhará o caso ao Ministério Público Federal para eventual abertura de inquérito.
Fonte: Brasil247
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