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A principal pesquisa dos brasileiros em torno do assunto, aliás, é prova disso: ao contrário do que muitos pensam, explica a Vhita, suplementos não fazem mal. Isso porque, enquanto fontes alternativas de certos nutrientes, tais compostos são boas alternativas para pessoas com deficiências nutricionais ou necessidades específicas, sobretudo em meio à limitação de certas dietas ou uma rotina agitada. Desde que usados corretamente e com orientação profissional, portanto, não apresentarão problemas para o organismo.
"Situações específicas, de toda maneira, requerem cuidados especiais… e podem, sim, gerar efeitos diferentes a depender do organismo de quem os usa", explica Bárbara Cino, nutricionista da Vhita. "Como todo nutriente em excesso, por exemplo, passar do ponto na suplementação pode trazer danos ao fígado e rins, ainda mais sem a hidratação e alimentação adequadas. Algo similar vale para quem ingere os compostos fora do prazo de validade — que correm o risco de perder a eficácia, se degradar com o tempo e provocar reações adversas (como azia e cólicas)."
Posso misturar suplementos com remédios? E tomar em jejum?
Também longe de ser mitos, tanto a prática de tomar suplementos com outros remédios quanto a de consumi-los em jejum merecem atenção dos consumidores. De um lado, como ressalta a especialista, é fundamental se lembrar de que alguns suplementos interagem com medicamentos, alterando sua absorção, eficácia ou efeitos colaterais no corpo. Já de outro, embora nem todo suplemento faça mal em jejum, basta saber que determinados produtos podem causar desconforto ou “funcionar” menos se não forem tomados com alimentos.
Afinal, suplemento engorda ou emagrece?
"Dois questionamentos bastante comuns, achar que quem faz academia precisa tomar suplemento ou que suplementos engordam são, na verdade, ideias equivocadas", explica a nutricionista. "A primeira, porque o mais importante para quem treina é ter uma alimentação equilibrada e adequada aos objetivos (ganho de massa, perda de gordura, resistência), e a segunda, porque o que faz uma pessoa engordar é o excesso de calorias consumidas em relação ao que ela gasta… o que pode vir tanto de alimentos quanto de suplementos."
Mitos e verdades sobre o Whey, Ômega 3 e Creatina
Além de dúvidas gerais envolvendo suplementos, as buscas online mais recentes sobre o tema também trazem perguntas em relação a itens específicos — em especial três deles, cuja popularidade já os tornou verdadeiros “queridinhos” nos consultórios e no dia a dia da população.
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Produto por trás dos maiores volumes de pesquisa, o famoso Whey Protein, que lidera a lista, tem rendido basicamente dois questionamentos sobre seus efeitos: a relação do composto com os gases e possíveis impactos negativos na saúde.
?"A boa notícia? Se consumido de forma adequada, ele não faz mal para pessoas saudáveis, sendo um ponto de atenção entre consumidores com problemas renais ou hepáticos pré-existentes", pontua explica Bárbara Cino, nutricionista da Vhita. "Por sua vez, devido aos altos níveis de lactose e proteína, o concentrado pode, sim, levar ao aumento da flatulência durante a digestão, principalmente em intestinos mais sensíveis."
Já o Ômega 3, conhecido pelos benefícios à memória, atenção e sistema cardiovascular, vem gerando perguntas mensais sobre possíveis efeitos na urina, bem como seu impacto no emagrecimento. Na falta de evidências científicas relativas à primeira dúvida, a Vhita pontua que não há quaisquer correlações com o aumento da frequência urinária. Por outro lado, mesmo não sendo um emagrecedor direto, o suplemento pode ajudar quem deseja perder peso — seja por sua atuação na saúde metabólica, regulação do apetite ou controle da inflamação.
E quanto à creatina, cujas dúvidas a respeito do tempo de efeito geram milhares de idas ao Google todo mês? Nesse caso, é essencial desmistificar a ideia de que os resultados serão sentidos no primeiro dia, visto que o corpo precisa passar por uma fase de saturação (ou consumo contínuo) para que os músculos fiquem abastecidos. Normalmente, aliás, os efeitos tendem a aparecer entre uma e quatro semanas de uso regular, o que pode se estender dependendo da dose, ritmo de exercícios e corpo dos indivíduos.
Outras confusões populares entre os internautas, também já debatidas pela comunidade científica, exploram a correlação entre a creatina e supostos problemas hepáticos, renais e queda de cabelo. A menos que o indivíduo tenha doenças pré-existentes, são três mitos: até o momento, não há evidências médicas de que o composto, usado nas doses recomendadas (3 a 5 gramas por dia), faça mal à saúde de pessoas saudáveis… o que não dispensa o olhar de um profissional antes do consumo.
Metodologia
Para desvendar as principais dúvidas sobre suplementos na internet, foram consideradas pesquisas no Google realizadas por brasileiros durante os últimos doze meses. A investigação foi pautada pelas expressões "suplemento", "suplemento alimentar" e os produtos mais consumidos pelos consumidores (Veja Saúde, Unisc), abrangendo todas as buscas relativas ao tópico nas cinco regiões nacionais. Em seguida, os termos mais pesquisados foram dispostos em um ranking baseado no volume total de buscas ao longo do último ano.
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