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Um tribunal turco decretou a prisão preventiva de 20 suspeitos, incluindo jogadores da Super Lig, em uma investigação sobre apostas ilegais que, segundo o principal dirigente do futebol turco, pode se ampliar à medida que mais dados forem coletados.
Na semana passada, promotores ordenaram a prisão de 46 pessoas, incluindo jogadores, presidentes de clubes, comentaristas e um árbitro, por suspeita de envolvimento em apostas com informações privilegiadas nas ligas profissionais da Turquia.
A agência de notícias estatal Anadolu informou na terça-feira (8) que, entre os detidos na semana passada, está o jogador do Galatasaray, Metehan Baltaci, e o jogador do Fenerbahçe, Mert Hakan Yandas, assim como o ex-presidente do Adana Demirspor, Murat Sancak, foram formalmente presos.
A dimensão da investigação atual é comparável às investigações anteriores sobre apostas e manipulação de resultados realizadas nas últimas décadas na China, Coreia do Sul, Itália e outros países europeus.
CRIMES ENCOBERTOS
“Durante anos, os problemas do futebol turco foram varridos para debaixo do tapete”, declarou o presidente da Federação Turca de Futebol, Ibrahim Haciosmanoglu, em uma coletiva de imprensa.
“Decisões vergonhosas foram tomadas, crimes foram acobertados, e a única responsabilidade pela nossa situação atual é a falta de vontade política.”
Ele indicou que a investigação da federação poderá ser ampliada assim que receber os dados da Spor Toto, a empresa estatal de apostas esportivas da Turquia, referentes a observadores de partidas, técnicos, dirigentes e outros envolvidos no futebol.
“Os dados ainda não chegaram. Queremos que o público saiba que tomaremos as medidas cabíveis assim que os recebermos”, afirmou.
Em uma audiência na segunda-feira (6), Baltaci declarou ao tribunal que havia feito apostas em algumas partidas quando era jogador das categorias de base e que não havia feito mais apostas depois de ingressar no time principal do Galatasaray, segundo a agência de notícias Anadolu.
Yandas, do Fenerbahçe, segundo o jornal Sabah, disse em seu depoimento que negava envolvimento em apostas.
Sancak disse ao tribunal que não possuía conta para apostas e que nunca havia apostado em jogos, segundo o jornal Cumhuriyet.
Não foi possível contatar imediatamente os representantes dos dois jogadores e do ex-dirigente do clube para comentar o assunto.
No mês passado, a Federação Turca de Futebol suspendeu 149 árbitros e auxiliares após uma investigação constatar que dirigentes das ligas profissionais estavam apostando em jogos.
A investigação se ampliou com a prisão de oito pessoas, incluindo o presidente de um clube da primeira divisão, e a suspensão de 1.024 jogadores de todas as ligas, aos quais a federação impôs punições.
A data do julgamento ainda não foi definida.
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