Confronto na Linha Amarela deixa dois mortos e causa caos no trânsito do Rio

Violência na Linha Amarela volta a causar interdições e revela a fragilidade da segurança nas principais vias expressas do Rio de Janeiro

A Linha Amarela, uma das mais importantes vias expressas do Rio de Janeiro, foi palco de mais um episódio de violência na tarde deste sábado (2). Um intenso confronto entre policiais militares e criminosos armados causou a interdição da via no sentido Fundão, nas imediações de Bonsucesso, por volta das 15h30.

Segundo a Polícia Militar, agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do 22º BPM (Maré) foram acionados após denúncias de roubos na região do Complexo da Maré. No local, as equipes foram recebidas a tiros, dando início a um tiroteio. Dois suspeitos foram baleados e encaminhados ao Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiram aos ferimentos.

Durante a ação, a polícia apreendeu uma pistola, munições, três celulares, um veículo e um bloqueador de sinal de GPS — equipamento comumente usado em roubos de carga. Um motociclista, suspeito de atuar como batedor do grupo, foi detido e levado à 21ª DP (Bonsucesso). Os demais envolvidos conseguiram fugir para a comunidade da Vila do João.

Apesar de um policial ter sido atingido por disparo, o colete balístico conteve a munição, e ele não ficou ferido. A circulação na Linha Amarela foi normalizada horas depois, mas a PM manteve reforço no policiamento da área e recomendou que motoristas evitassem a região.

Este é apenas mais um entre vários episódios de interdições recentes nas principais vias da capital fluminense. Em maio, o mesmo trecho da Linha Amarela foi fechado após operação que resultou na morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, apontado como chefe do tráfico do Terceiro Comando Puro (TCP). Dias depois, nova operação terminou com a morte de um agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), também na via expressa.

A violência também impactou outras rotas importantes. A Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram fechadas em diferentes ocasiões ao longo do ano devido a operações policiais em comunidades dominadas pelo tráfico. Em janeiro, dez comunidades do Rio e da Baixada Fluminense sofreram ações simultâneas, causando bloqueios nas duas vias.