MP investigará denúncia de que servidores de Maricá foram forçados por Quaquá a participar de evento do PT no Circo Voador, paralizando serviços públicos

Serviços Públicos interrompidos e funcionários coagidos: as graves acusações contra gestão de Maricá

Acusações apontam uso indevido da máquina pública para evento político do PT, a denuncia foi feita pelo Vereador Netuno (Líder do PL).

Servidores teriam sido obrigados a participar de lançamento de candidatura.

O Ministério Público deverá investigar denúncias graves envolvendo a Prefeitura de Maricá e o deputado federal Washington Quaquá (PT). Segundo informações preliminares, funcionários públicos municipais teriam sido coagidos a participar de um evento político no Circo Voador, no Rio de Janeiro, relacionado ao lançamento da candidatura de Quaquá à presidência do Partido dos Trabalhadores.

A denúncia aponta que servidores municipais, especialmente os que trabalham em serviços externos, foram obrigados a interromper suas atividades ao meio-dia para comparecerem ao evento partidário. Relatos indicam que haveria ameaças veladas de demissão para aqueles que não atendessem à convocação, configurando possível coação no ambiente de trabalho.

Paralisação de serviços públicos gera preocupação

Um dos aspectos mais preocupantes da denúncia é a alegação de que serviços públicos essenciais teriam sido interrompidos para garantir a presença dos funcionários no evento político. Esta prática, se confirmada, pode caracterizar improbidade administrativa e uso indevido da máquina pública para fins partidários. Ônibus foram fretados para levar os servidores que foram obrigados a deixar seus postos de trabalho para ir ver show de Neguinho da Beija Flor e lançamento da campanha de Quaquá no PED do PT no Circo Voador.

"A utilização de recursos humanos da administração pública para eventos partidários é expressamente vedada pela legislação brasileira", explica o advogado especialista em direito administrativo, Paulo Mendes. "Além disso, a coação de servidores configura abuso de poder e pode ter sérias consequências legais para os responsáveis."

Histórico de denúncias semelhantes

Esta não seria a primeira vez que surgem acusações deste tipo envolvendo a gestão municipal. A denúncia menciona que Diego Zeidan, filho de Quaquá, já respondeu por situações semelhantes, incluindo a suposta transformação de um gabinete na prefeitura em comitê partidário.

O denunciante, que não teve sua identidade revelada, afirma que está formalizando a acusação junto ao Ministério Público para que os fatos sejam devidamente apurados e os responsáveis punidos conforme a lei.

Possíveis implicações legais

Caso as denúncias sejam comprovadas, os envolvidos poderão responder por improbidade administrativa, abuso de poder político e uso indevido da máquina pública. As penalidades podem incluir multas, perda de função pública e até inelegibilidade.

O Ministério Público ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas deverá iniciar os procedimentos de investigação nos próximos dias, ouvindo testemunhas e coletando evidências que possam comprovar ou refutar as acusações.

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