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Na última eleição, Jair Bolsonaro disputou com o número 22. Esse se tornou um símbolo do ex-presidente. Hoje, dia 22 de novembro, Bolsonaro foi preso preventivamente. Para aliados de Bolsonaro, trata-se de uma ironia de Moraes. Na justificativa do ministro, não há menção à data.
Neste texto você verá como Alexandre de Moraes justificou a decisão tomada após um pedido da Polícia Federal.
O que levou Alexandre de Moraes a determinar prisão preventiva de Bolsonaro?
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, substituindo a prisão domiciliar que estava em vigor.
A ordem foi tomada dentro da Petição 14129 e se baseia em fatos novos que, segundo o ministro, indicam risco concreto de fuga, obstrução e ameaça à ordem pública.
Aliados que estavam presentes, como Hélio Lopes, afirma que os apoiadores só estavam lá fazendo uma oração e classifica a operação como “um absurdo”. A saúde do ex-presidente também tem sido apontada com grave preocupação. Nikolas Ferreira chegou a dizer que tem alguém querendo ver Bolsonaro morto.
Bolsonaro deverá permanecer na Superintendência da PF no Distrito Federal, onde passará por audiência de custódia neste domingo (23).
A decisão será analisada pela Primeira Turma do STF em sessão virtual extraordinária nesta segunda (24).
Os 5 principais pontos que levaram à prisão de Jair Bolsonaro, segundo Moraes:
1. Violação da tornozeleira e indício de fuga
A Polícia Federal comunicou que houve violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 do dia 22/11. Para Moraes, esse fato configura tentativa de rompimento do equipamento, demonstrando intenção de fuga.
O ministro também citou que Bolsonaro já havia planejado, no passado, busca de asilo em embaixada, o que aumentaria o risco de evasão, já que há representações diplomáticas próximas à sua residência.
Além disso, mencionou a fuga recente de aliados, como prova de que o núcleo investigado estaria adotando uma estratégia semelhante.
2. A vigília convocada para a casa de Bolsonaro
Outro ponto central foi a convocação pública de uma vigília por um parlamentar e familiar de Bolsonaro, organizada para ocorrer diante do condomínio do ex-presidente.
Para Moraes, a mobilização, apresentada como ato simbólico, poderia gerar aglomeração de apoiadores, dificultar a fiscalização da prisão domiciliar e servir como cortina de fumaça para uma tentativa de fuga, repetindo táticas já vistas em investigações de atos antidemocráticos.
3. Reincidência no descumprimento de medidas
O ministro lembrou que Bolsonaro já havia violado medidas impostas anteriormente, inclusive utilizando redes sociais e contrariando regras da prisão domiciliar.
Com a proximidade do trânsito em julgado da condenação na AP 2668 — que impôs 27 anos e 3 meses de prisão — Moraes avaliou que manter apenas medidas eletrônicas e policiamento permanente não era mais suficiente.
4. Garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal
A decisão afirma que a prisão preventiva era necessária para:
5. Determinações adicionais
Moraes determinou que a prisão fosse realizada:
A audiência de custódia ocorrerá por videoconferência.