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Uma medida polêmica do governo de Minas Gerais tem gerado grande repercussão entre a população e o setor imobiliário. O governador Romeu Zema autorizou um reajuste de até 266% nas taxas cobradas pelos cartórios para registro de imóveis, afetando diretamente o bolso dos mineiros — especialmente os que recorrem a programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida.
Com o aumento, o registro de um imóvel no valor de R$ 250 mil, que antes custava cerca de R$ 2 mil em taxas cartorárias, pode passar a custar impressionantes R$ 6.600. O impacto é ainda mais sentido pelas famílias de baixa renda que tentam realizar o sonho da casa própria com auxílio de subsídios governamentais.
A medida é considerada, por muitos, um retrocesso. Representantes do setor afirmam que a mudança prejudica especialmente quem mais precisa e pode gerar uma desaceleração na formalização de imóveis, alimentando ainda mais a informalidade.
“É inacreditável. Um aumento dessa magnitude em um momento em que o país ainda se recupera economicamente e enfrenta altos índices de desigualdade social só dificulta o acesso à moradia digna”, afirma um analista do setor imobiliário.
Organizações de defesa do consumidor e parlamentares da oposição prometem acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para questionar a legalidade e a razoabilidade do aumento. Já a Associação dos Notários e Registradores de Minas Gerais (Serjus-Anoreg/MG) ainda não se manifestou oficialmente sobre a medida.
Enquanto isso, milhares de mineiros veem o sonho da casa própria mais distante — não por falta de planejamento, mas por uma decisão administrativa que, na prática, pode transformar uma simples formalização de escritura em um obstáculo financeiro quase intransponível.
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