Silas Malafaia é investigado pela PF por envolvimento em ataques ao STF

Silas Malafaia é investigado pela PF por envolvimento em ataques ao STF

A Polícia Federal avança na investigação que tem o pastor Silas Malafaia como um dos alvos centrais. Os investigadores apontam indícios de que o religioso teria participação ativa na organização e disseminação de ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Apreensão de materiais

Durante as diligências, realizadas há cerca de dois meses, foram apreendidos o celular, documentos e o passaporte de Malafaia. O material passou por perícia e, segundo a PF, reforça as suspeitas sobre o envolvimento dele em ações coordenadas que visavam atacar ministros da Corte.

Atuação e influência

Relatórios da PF indicam que Malafaia teria contribuído para a “criação, produção e divulgação” de conteúdos ofensivos direcionados a ministros do STF. As investigações sugerem que as ações eram estrategicamente planejadas e disseminadas em larga escala por meio de diversos canais de comunicação, com foco em parte do público sob sua influência.

Além disso, os agentes atribuem ao pastor uma posição de liderança em um grupo que teria como objetivo pressionar e intimidar autoridades do Judiciário, buscando interferir em investigações e decisões judiciais. Há também menções à tentativa de articulação para que autoridades estrangeiras adotassem posturas hostis em relação ao Brasil.

Por determinação de Moraes, Malafaia está proibido de manter contato com Jair Bolsonaro e com o deputado Eduardo Bolsonaro, que também são alvos da mesma investigação.

Defesa do pastor

Silas Malafaia nega as acusações e afirma que é vítima de perseguição religiosa e política. O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo alega não ter qualquer envolvimento em ações antidemocráticas ou tentativas de desestabilizar as instituições.

Próximos passos

A investigação da PF faz parte de um inquérito mais amplo sobre redes organizadas que, após as eleições de 2022, promoveram ataques às instituições, questionaram a legitimidade do sistema eleitoral e estimularam atos contra o STF. O material reunido deverá embasar a decisão do Ministério Público Federal sobre uma eventual denúncia formal contra o pastor.

 

Fonte: Brasil247

Por Jornal da República em 20/10/2025
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